As “Iaras”, como são conhecidas as atletas da seleção feminina de rugby do Brasil, estão no Japão para a Olimpíada de Tóquio. A estreia do time no dia 28 de julho será contra o Canadá, um de seus principais adversários, segundo informou a atleta Isadora Cerullo, em entrevista à CNN.

Conhecida como “Izzy”, a jogadora disse que a Olimpíada de Tóquio é como um “palco” capaz de trazer mais interesse ao rugby no Brasil. “Estamos aí construindo nosso espaço no rugby internacional e a gente espera que nos Jogos de Tóquio a gente possa inspirar e trazer mais pessoas.”

Isadora conta que a Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016 foi capaz de estimular outras garotas e mulheres que, hoje, já integram a seleção.

“Tem algumas meninas que estão na seleção hoje em dia e que começaram a jogar porque assistiram ao rugby nos Jogos Olímpicos do Rio 2016; e algumas destas estão aqui para disputar os Jogos de Tóquio.”

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A atleta também destaca que as “Iaras” são filhas de uma geração que não puderam praticar o esporte. E que apesar de não ser tradição no Brasil, a seleção feminina já é destaque na América do Sul.

“A primeira seleção que ganhou o primeiro Sul-Americano em 2004 — e agora são 18 títulos Sul-Americanos –, são filhas de mães que foram proibidas de jogar esportes de contato e já dentro desta uma geração apenas, conseguimos construir todas estas conquistas e a trajetória de uma seleção feminina de rugby no Brasil.”

O batismo do grupo como “Iaras”, veio da necessidade de construir uma identidade mais forte para o grupo. A seleção masculina já tinha sua marca, são os ‘Tupis’. Então, entre 2013 e 2014, conta Isadora, as meninas do Rugby começaram a buscar um nome mais forte para elas. 

“A seleção feminina vem buscando uma identidade própria e a gente encontrou na Iara, que é uma guerreira indígena. A confederação abraçou essa ideia de fazer um rebranding para a seleção feminina. Somos as Iaras e cada uma de nós abraça essa identidade coletiva. Ao entrar na seleção e assumir esta responsabilidade e papel de vestir a camisa amarela, a gente também abraça uma identidade de guerreira, a gente se permite se transformar e encontrar essa guerreira dentro de nós.”

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